Por Mauricio Garcia
Na corrida de rua, é comum ter discussões sobre os modismos e novidades da prática, e na maioria das vezes, são discussões infundadas muitas vezes levando a resultados que não refletem a realidade de trazer algum benefício a população. É importante que haja senso crítico de tudo que ouvimos e que na realidade, as evidências que a ciência traz, é o que prevalece, e não significa que devemos julgar novas técnicas, equipamentos, modalidades de treino ou qualquer coisa que esteja focada na melhora de performance ou prevenção de lesões, mas se cerque da ciência.
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Um estudo foi publicado na revista americana Nature sobre padrões de pisada e forças de colisão em corredores que praticavam descalços versus com tênis. O autor Daniel Lieberman, que também é corredor, junto com três colegas, resumidamente concluíram que quando se corre de tênis, há um primeiro contato no chão com o calcanhar gerando um impacto de força que reproduzido ao longo dos quilômetros semanais de treino, podem trazer alguma sobrecarga ao aparelho locomotor, o que é inversamente encontrado quando se corre descalço, pois o primeiro contato é feito com a planta do pé.
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Partindo desse princípio, correr com pés descalços, concluímos que os pés tendem a controlar melhor o movimento de transição de cada passada para minimizar o impacto, e isto é feito por toda musculatura desde as intrínsecas dos pés e subindo para panturrilhas, coxa e glúteos, mas avaliando todas as variáveis, é certo que é mais seguro e correto correr na areia usando um tênis de corrida. Isso por que além de manter o pé mais estável, o tênis vai auxiliar na absorção do impacto. É importante também usar uma meia específica para a corrida e um tênis que se encaixe bem no pé, já que muitas vezes, a areia entra no tênis e o atrito pode machucar o pé ou até dar calos.
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Previna lesões e corra para viver!
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