Afinal, O que é a dor do crescimento?

Por Mauricio Garcia

É uma sensação dolorosa recorrente em crianças, sem causa específica, ou seja, não é provocada pelo crescimento, e muitas vezes nem coincide com os períodos de estirão ou pontos relacionados ao crescimento e recebeu esse nome na década de 1930, por se manifestar em uma fase importante do desenvolvimento físico – especialmente entre 3 e 12 anos. Os médicos acreditam que de 5% a 15% da população infantil enfrente o problema pelo menos uma vez na vida. O índice, já considerado alto, pode ser ainda maior. Pesquisas realizadas em universidades estrangeiras chegam a apontar prevalências de 40%.

Há várias teorias, entre elas, a de que os ossos cresceriam mais rápido do que os músculos e tendões, sobrecarregando-os e causando dor. Mas não há confirmação científica. Também existe a hipótese mais aceita atualmente de que se trate de uma fadiga muscular, provocada por brincadeiras ao longo do dia e pelo excesso de atividade física, pois as crianças estão sendo expostas a atividades mais intensas e competitivas de forma muito precoce.

A dor costuma ser bilateral e não é persistente. O intervalo livre de queixas pode variar de alguns dias até vários meses. A intensidade varia de caso a caso. As dores ocorrem principalmente à tarde ou durante a noite e frequentemente são capazes de interromper o sono da criança.

Não existe um tratamento específico para a dor do crescimento, mas a melhor forma de aliviar os sintomas, é a fisioterapia através de alongamentos e aplicação de alguns meios físicos como calor local que ajudam a aliviar os casos de dor leve a moderada.
Uma questão importante no tratamento é esclarecer a criança e os pais em relação ao curso benigno desta dor.

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