O estiramento muscular é caracterizado pelo alongamento das fibras além dos limites normais e ocorre mais frequentemente nos músculos posteriores da coxa e panturrilha. Estes grupos musculares são biarticulares, ou seja, atravessam duas articulações e tem um predomínio de fibras de contração rápida, que desenvolvem alta potência, mas entram em fadiga rapidamente.
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Na panturrilha, os músculos gastrocnêmios medial e lateral, seguidos pelo sóleo são os mais envolvidos. São músculos muito importantes e realizam movimentos combinados de flexão do tornozelo, contribuem na flexão do joelho e realizam a frenagem da extensão do tornozelo durante a corrida.
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Uma dor súbita localizada na panturrilha, de grande intensidade, algumas vezes acompanhada de um estalido audível e a pessoa leva um susto e acredita ter recebido uma pedrada na região da panturrilha, daí o nome de “síndrome da pedrada”.
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O exame físico apresenta inchaço localizado, tensão aumentada do tecido ao redor e até presença de uma depressão local visível e hematoma. Outros fatores são considerados predisponente aos estiramentos, como deficiências de flexibilidade, os desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas, distúrbios hormonais, falta de controle neuromuscular, sobrecarga e fadiga muscular.
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O tratamento dos estiramentos musculares abrange:
Medicamentos: analgésicos e antiinflamatórios;
Crioterapia com compressão na fase aguda;
Repouso com utilização de muletas;
Elevação do membro acometido para uma drenagem mais eficiente;
Fisioterapia: analgesia (controle da dor), laser para reparação tecidual e exercício terapêuticos dentro de um programa de reabilitação;
Modificação das atividades de risco e retorno gradual ao esporte sem sintomas e com amplitude de movimento normal.
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Respeite seus limites e sempre procure um profissional especializado.
Por Dr. Maurício Garcia, Fisioterapeuta, diretor da MG Fisioterapia Especializada